domingo, 17 de junho de 2012

Quando tu confia, você se decepciona.


Wake up! Cadê suas ideologias onde tudo é ilusão, onde tudo passa? Coloque-as em prática, agora é a hora. Você sabe que vai passar isso aí que tá doendo por dentro. Calma, nosso relacionamento com a vida é como um bêbado, andando torto, um pouco para o lado direito outro para esquerdo, uma hora tu cai noutra tu levanta. É assim mesmo querida, parece que você não vai resistir, cada pedaço do seu eu, agora, tem embutido a lembrança de um desgraçado. Aquele que olhou tantos nos seus olhos, falou palavras bonitas, pegou na sua mão e fez o que mesmo? Mentiu, mentiu todo tempo. Já me senti assim, enganada, desacreditada e sem saber onde achar forças. E sabe o que é mais engraçado? Não aprendi com a lição, perdi a fé, reencontrei, confiei e despedaçaram-me novamente. Estou exausta de dores, esse é o momento em que vou perder a fé, sabe se lá quando confiarei de novo. Maldito ciclo que me ronda, é uma maldição?

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Uma única verdade

Por que quando você quer ir embora os meios se fecham? 
Por que quando você quer desistir o coração insiste em apertar?
 Por que quando você tem que ser forte acaba pensando que não vai aguentar? Por que quando você só quer amar, leva uma rasteira? 
Por que quando você dá importância o outro parece recuar? 
Por que essa nossa condição de só se danar?
 É a vida, doce bruta vida, minha filha.

domingo, 20 de maio de 2012

Quando não sobrar mais nada, rezarás.

O fim


  Eu não sabia o que estava fazendo. Meu pensamento andava de lá para cá, tentando achar saída nessa encruzilhada de sentimentos. Nessa encruzilhada que nós mesmo criamos. É uma bolha, é um abismo e, no fim, cacos. É uma pena que você me surpreenda só quando me machuca. E nesse caso, isso é recíproco. Estamos quebrando o que temos e não é qualquer coisa, é algo que não vamos encontrar em mais ninguém. Gostaria de te abraçar, de te prometer o mundo, mas agora tá doendo. Minhas palavras arranham e suas atitudes cortam. Esse ir e vir uma hora esgota. Nossa relação não pode virar ping pong, muito menos "Vale a Pena ver de Novo". Mas o que me preocupa não é o status e sim o fato que todas essas situações aumentam a probabilidade de eu ficar sem você. Não quero que você mude, é bem assim que gostei/gosto de você. Talvez, eu é que tenha que mudar. Na verdade, acho que o problema está em aceitar. Aceitar você e você me aceitar. Com o que a gente sente um pelo outro, fica fácil, fica pequenininho. O que não pode ficar minúsculo é isso que sinto aqui, dentro de mim.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Eu e você, fugindo da razão.

Se você pudesse ser o que eu queria que tu fosse para mim... Eu ficaria com os pés descalços para sentir que abaixo deles não há nada, flutuaria, pelo menos uma vez na vida, aqui, exatamente aqui, nesse meu pensamento falho.

domingo, 22 de abril de 2012

domingo, 25 de março de 2012

Você não irá decidir por ele(a)

  E às vezes, quase por toda vida, temos que nos submeter a ouvir os outros. Muitas vezes, gostaria que tivesse um botão offline nos ouvidos para não precisar ouvir ofensas, mas também serviria se ouvesse um para calar a boca de alguns. Jogam na cara, gritam, descontrolam-se e para quê? Só por não admitirem ter que suportar sozinhos, precisam descontar em alguém o peso de não aguentarem o mundo, e eles. Quando tens 45 anos, já não se muda muita coisa, hábitos viram doenças. Há escolhas e alguns optam por carregar o fardo pela vida inteira, outros mudam, esses vivem em uma tremenda bagunça, organizando e bagunçando, mas não se comportam como carrancudos ou como crianças mimadas, como quiser nomear. Reclamar, esperniar para quê? Suporte, tape os ouvidos, conte até 1000, soque o travesseiro, mas não tente fazer a parte dos outros, não o cabe. São poucos os que admitem que precisam melhorar e raros aqueles que tomam alguma atitude.

domingo, 11 de março de 2012


 Recebo grande quantia. Uma enorme quantia de problemas. Um dia ótimo e dez tristonhos. Já parei de querer saber o motivo de tudo. Tem coisas que nada que o homem crie dará uma resposta exata. Sabe... Um dos meus maiores problemas é sonhar demais. Porém, é a coisa que soa mais bonita em mim.
  Se eu tivesse permanecido, permaneceria também o caos da insegurança. Então, optei, mais uma vez, pelo tempo. Com a minha mais pura inocência quis escolher pelo esquecimento, mas mal sabia eu que essas coisas tendem a acontecer por si mesmas, imprevisíveis e mais natural possível.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Dinheiro sujo nas mãos de pessoas porcas.

Uma vez me disseram que é preciso correr atrás dos seus sonhos, mas outras vezes vi gente apenas dando dois passos, com um cafézinho na mão e uma nota de dinheiro na outra, até o seu superior. Dava no mesmo, se eu fosse um tipinho de gente, desse aí que tem em todos os lugares e de grande número, esse de gente mesquinha.

Perdendo para se machucar.

  Laura tinha de tudo, tudo que os demais não possuíam. Carro importado, triplex na Rua Augusta, casa na praia, closet, salão todos os dias, festas todos os finais de semana, jatinho particular e todas as coisas que poucos tem e muitos não. Além disso, era amada por todos ao seu redor. O marido havia deixado os negócios da família nas mãos dos funcionários para viajar. Filhos ainda eram apenas planos, primeiro viria uma lua de mel prolongada com férias da socialite. Depois do passaporte, visto, viagem de 22h para Austrália dentro de um avião, a sós estavam, naquele hotel cinco estrelas. Não tinha o que por e nem tirar, era perfeito, comida deliciosa, funcionários receptivos, piscina, massagistas... Mas o que eles mais gostaram foi da cama que nem fazia barulho naqueles momentos mais íntimos. Amaram, na verdade, já que não arredavam o pé para fora. Fazia quinze anos que eram casados e vinte que se conheciam. Laura vivia intensamente, muito agitada para uma mulher de 35 anos, engraçada, inteligente, solidária... Laura sempre teve muita curiosidade nos campos sobrenaturais, vinha querendo saber mais sobre os mistérios do universo. Fazia yoga e balé, ajudava tribos indígenas e orfanatos, lia muito e sorria mais ainda, pois o seu desejo maior era deixar aos seus amigos e familiares um pouco mais de amor em vez de dinheiro. A coitadinha chorava só de pensar em magoar o marido. Sempre buscava dar o seu melhor e trabalhar no seu pior. Ela própria fez o jantar em todos os dias que ali ficaram, sem contar que ficava com ele nos seus braços ouvindo ele reclamar do trabalho até adormecer. Minutos antes de partirem, Laura pega o celular do esposo para ler as mensagens que eles trocavam desde o início do namoro em que ali estavam guardadas, quando ela é surpreendida por mensagens de outra mulher o chamando de amor e deixando explícita a traição. Não deu tempo de ver os outros torpedos, Laura começa a ter uma dor de cabeça fortíssima e lá estavam os médicos presenciando mais um caso de Derrame. Quanto ao homem que tinha uma aliança igual a da vítima, deve estar em algum lugar do mundo pagando pelo o que fez. Provavelmente, com a sua única companhia: a solidão.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Pensando alto.

  Às vezes, sinto vontade de ir embora para longe, não levar nenhuma bagagem, nenhuma roupa, nenhum objeto, nenhum ressentimento, nenhuma lembrança, ir limpa para recomeçar. Poderia ser na Austrália, Hirlanda, Suécia ou em qualquer outro lugar. Quem sabe um lugar em que o clima me faça querer correr para uma lareira, tomar um chá, ler e fazer essas coisas que dizem caber mais para gente velha. Mas não sei porque associam isso como se fosse chato. Gosto tanto de vovós e vovôs, são calmos, atenciosos, interessantes, vividos e outras mil coisas que fazem com que uma conversa com eles pareça uma viagem no tempo. Mas voltando para o que eu estava dizendo sobre deixar tudo aqui e cair fora... Até desejo fazer laços novos, amigos e quem sabe até um namorado. Também desejo um emprego novo, um apê novo, um café na esquina de casa, uma bicicleta, apesar que sempre acabo achando que do meu travesseiro vou sentir falta. Mas como disse só penso essas coisas de vez em quando, pois volto para realidade e vejo que aqui não tenho bem isso, mas tenho meu travesseiro gelado, meu emprego que sustenta essa kitnet, o chá de cidreira que roubo do jardim do prédio e tenho uma estação perto daqui que me possibilita encontrar alguns amigos e ir num café, conversar, rir e tirar um pouco dessas besteiras da cabeça.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Com um pouco de Vodka, palavras saem sem controle.

Achavam que ela era forte, mas poucos sabiam que por de trás daquela rispidez havia muito amor e um passado com muita dor. Tudo indica que toda essa indelicadeza quer dizer apenas uma coisa: medo de perder-se ou medo de perder alguém.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Foi um choque com dor nada passageira, com ardência e com difícil aceitação. Não é para menos, não deu nem para se despedir. De um dia para outro, lá estava ele, num infarto, numa maca, numa cova, enterrado e sozinho. Ele se foi e isso não quer parar de doer dentro de mim. Todas as coisas que ele disse vinham daquela alma, dessa que dizem que temos, um pouco mais parecida com um abismo. Ele se foi tão novo, tão talentoso e tão especial. Tinha sede em saber mais sobre ele, a vida, o mundo. Era um pouco eu ou eu que sou um pouco dele. Agora, até torço para que exista um lugar melhor do que aqui para ele. É um pouco religioso isso, nada vê comigo, mas nessas horas apelamos para que haja saída. Afinal, tiraram a vida dele e tiraram a vida dele da minha. Quando eu ouvir Beatles sempre terei alguém que vou lembrar e se eu não ouvir, também. Espero te encontrar um dia, Clark.

"You may say I'm a dreamer, but I'm not the only one. I hope some day you'll join us..."
                                             
                                            

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Se rompendo.

  Cansei de ver pessoas mentindo o que sentem para aumentar o ego. Cansei de ver pessoas mentindo o que são só para impressionar outras. Cansei de ver pessoas magoando outras, pedindo desculpas e cometendo o erro de novo, de novo e de novo. A desculpa mais conhecida é: "Desculpa, é meu jeito". Pois eu também tenho um jeito e tento moldá-lo, acho que é falta de vontade ou falta de vergonha na cara mesmo. Mas isso não é nenhuma novidade, se formos pensar que mudança de temperamento repentina virou moda e, consequentemente coisa bonita... Minha avó diante disso diz "Onde o mundo vai parar assim?" Eu já respondo que em coisa boa que não vai ser, mas que eu vou parar é bem longe de gente assim, ah se vou, já estou indo. Pelo visto, todo mundo está tirando a máscara e deixando a deformação transparente. Uma coisa que não me adapto é com esse esse tipo de pessoas que não cuida de si e atrapalha os outros. 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Solidão.

  Digo que não ligo de ficar sozinha, já me acostumei, desapeguei e vou indo, para onde a vida me leva, para onde minhas escolhas me empurram. Mas sabe aquele dia em que você acorda, esquece de pensar no dinheiro, no trabalho, no almoço e em arrumar a casa? Naquele dia em que você olha para você e pensa: "Nossa, o que ando fazendo comigo, olha o meu estado. Esse ar de cansaço e de tristeza. Desde quando estou assim?". Sempre achando que pode lidar com tudo sozinho, que já superou tantas coisas e passou a ser forte. Não, não passou a ser forte coisíssima nenhuma. Só virou um covarde, guarda tudo para si, para dentro. Não estou te julgando, afinal, às vezes, é só uma maneira de se proteger. Mas isso acumula, deixa-te amargo. Uma hora dessas você cai na real, começa a chorar e acha que você é um fracote. Mas você não é um fracote, você é um mero ser humano. Como todos, talvez um pouco orgulhoso, talvez um pouco ríspido, mas de carne, osso, cabeça e perdido, tentando achar um modo de se encaixar, no fundo, se encontrar. Ainda sonho em encontrar alguém nessas ruas tão cheias e, ao mesmo tempo, tão vazias. Não ligo em ficar sozinha aqui e ali, mas a vida toda, nananinanão. Se o mundo possui bilhões de pessoas, devemos estar fazendo algo de errado, vivendo cada um em seu casulo.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Adeus você

  Iludiu-me, olhou para mim com olhos brilhando, abraçou-me forte me dando segurança, beijou-me demoradamente, deu-me ilusão de intimidade e até falou coisas bonitas. Mas também não esqueceu de ignorar, de ser grosso, mentiroso e  fingir de mim gostar. Nunca tinha sido tratada dessa maneira, talvez, por isso fosse interessante, era novidade, era loucura, menos amor. Havia cansado de homens que me davam tudo o que eu queria, de flores, presentes até carinho. Sempre gostei da intensidade, mas gosto bem mais das dúvidas. O barco estava afundando quando, finalmente, resolvi me jogar. Mas por sorte do destino, consegui mergulhar e chegar até o solo. Hoje, vou dar uma chance para quem faz por merecer, mas primeiramente, vou dar uma chance para mim, a de ser feliz longe de você.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Esperando por aquele que não sei o nome.

  Já passei algumas noites pensando em alguém, mas hoje deito na minha cama, coloco a cabeça no travesseiro e tudo o que faço é me entregar, ao sono. Que falta tenho de ousar sentir saudades, de até sentir medo do que o outro possa pensar e de não querer outro alguém por saber que o que preciso está logo ali. Você sabe que está parecendo uma boba apaixonada quando vê que aquela pessoa e que tal, estranhamente e rapidamente, fez com que você se sentisse como nunca outra pessoa tivesse conseguido. Estava ali, na sua frente, esperando você se entregar para fazer o mesmo. Não que estivesse seguindo alguma regra, apenas não queria pular na cachoeira sozinha.
  Sinto falta de sentir, sinto falta de companhia. Espero por alguém, não que eu procure. Relacionamento bom para mim é quando eu quero, não quando preciso. Precisar é doentio, precisar machuca a gente. Penso que vai demorar para aparecer o amor por aqui, pensando bem, até acho melhor. Assim, vou lembrando de algumas almas perdidas que conheci, pegando experiência para quando ele estiver próximo eu não ter dúvidas que é esse cara quem vai fazer com que minha dureza vá embora.
  Não espero por muito não, desde que o sentimento seja recíproco, o resto é pouco, o resto ajeitamos. Que seja branco, negro, oriental, gordo, magro, baixo ou alto. Com cabelos pretos, castanhos, ruivos ou loiros. Com olhos cor de mel, verde, azul ou castanhos. Católico, budista, adventista, ateu, judeu, evangélico ou protestante. Não importa. Mas que seja ele, de bilhões de pessoas, necessariamente ele.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Não vá e volte. Só fique, aqui, bem do meu lado.

  Ele não era um homem malvado, só não soube cuidar de mim. Tentei lhe dizer milhões de vezes que se continuasse tão quieto nosso romance chegaria ao fim. Lembro-me do antes, suas carícias, seus beijos, seus sorriso e nada de amantes. Buscava-me no trabalho, ia comigo para casa, mas quando o assunto era amor parecia um paspalho. No começo, não achei que eu quem fosse me apaixonar, mas de indas e vindas, estou por cá. Senti medo de ser rejeitada e sem dizer nada, fui embora para Beira Mar. Já passava mais de seis meses, já havia devorado caixas de chocolate, roído minhas unhas, ido nas missas de domingo e prometido que amar de novo, jamais. Quando Don Juan tocou o interfone, dizendo que me procurava há dias e que se arrependia por tudo que me fez passar. Não acreditei, desmaiei, mas acordei no seu colo ouvindo "Minha querida, não se assuste. Vou cuidar de você, te amo realmente, nunca mais quero te largar. Esse amor é imprudente, mas não pretendo recuar."

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Yesterday.

Perdoe o passado e deixe que ele faça o mesmo contigo. Não é uma regra que o passado tem que ser deixado para trás, afinal, ele faz parte de você, ele é o prólogo da sua vida. O antes tem que ser lembrado não só para não persistirmos naquele erro, mas também para querermos voltar correndo para agarrar aquele pensamento que foi a única coisa que restou dos dias passados. O que temos que procurar é estar bem com nós mesmos para o resto fluir e ares melhores vir. É como na gramática, você não deve colocar um ponto final sem ter desenvolvido o contexto.

"Yesterday, all my troubles seemed so far away. Now it looks as though they're here to stay. Oh, I believe in yesterday. Suddenly, I'm not half the man I used to be.
There's a shadow hanging over me. Oh, yesterday came suddenly..."

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O prólogo de dias cansados.

 Passei anos procurando por algo que não sei bem definir, paz interior, talvez. Procurei em lugares, pessoas e o que mal sabia é que deveria buscar em mim mesma. Resolvi, não não resolvi, não foi algo que pensei "Ah, vou trancafiar-me num quarto e de muitos amigos perder o contato.", aconteceu que eu estava numa fase que tudo contestava, fase que, às vezes, sinto que ainda está aqui. 
  Alguns amigos me ouviam e concordavam outros diziam que eu deveria parar se não eu entraria em depressão. Não ouvi, mas também não entrei em depressão. Diferente de alguns, lido bem com novos ambientes em geral, meu dom de regeneração é dos bons. Não é questão de não sentir e sim de aceitar e continuar. A questão é que aprendi que se ficarmos choramingando vamos acabar tendo que seguir em frente uma hora, então, só peguei um atalho.
  Dediquei meu tempo para ficar mais comigo, avaliar-me, notar melhor o que me faz bem, ver o que eu tenho de pior que poderia magoar alguém e trabalhar em cima disso. Não fui radical, só fiquei quietinha no meu canto, ouvindo bem mais do que falando. Mesmo assim não é fácil, por várias vezes desisti e retomei. Continuo indo e voltando. Tentar mudar por alguém que não reconheça sua tentativa e nem colabore tentando melhorar também, é uma tortura. Mas tinha começado errado já, esperando algo em troca. Temos que mudar por nós mesmos, fazer nossa parte. Quem não admite seus próprios erros dorme e acorda com eles. 
  Se conversar consigo mesmo todas suas experiências durante a vida deverão te auxiliar a como lidar melhor com esse grotesco mundo cheio de almas imundas. É como se todos fossem almas perturbadas que lutam para achar na caverna escura uma luz.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Sou quente, mas posso ser fria. Não sou sol, sou chuva, mas também posso ser ventania. Sou alma, razão e, quase sempre, coração. É, sou isso, aquilo, um pouco exausta, atrapalhada, desencanada e como vocês vêem dramática. Não sou nenhuma novidade, sou apenas filha da dualidade.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Sabe...
Alguns quebram todas as regras e alguns vários corações.

Equilíbrio, vê se não vai embora.

   Deveria por o pé no freio quando começo a sentir demais. Não só sentir pelo lado aconchegante, mas também pelo traiçoeiro. O tudo: bom e mau. Na verdade, sei bem o que fazer, mas sou tola o suficiente para gostar de me perder. Gosto da contradição, não por rebeldia e muito menos por insatisfação, e sim por um pouco de diversão. 
  E você, meu bem, do que gostas? É inevitável não lembrar do seu sorriso bobo, da sua voz, do seu cheiro, do seu silêncio e do aconchego que sinto quando estou ao seu lado. Não quero que pare o tempo para ficar contigo, não que fosse algum incômodo, mas o que eu quero mesmo é mais do que clichês. É aproveitar você em cada instante que eu puder e você quiser. Quero que continue assim, desse jeitinho mesmo, você aí, eu aqui e a saudade nos juntando.
  O problema é que não possuo controle remoto das minhas emoções, ando sentindo, sonhando e lembrando além de mim. Se fosse só isso, tudo bem. É que com isso costuma vir insegurança, impaciência e cobrança. É disso que que tenho pavor. O que me assusta é a falta de equilíbrio.
  Preciso de mim, de você e, principalmente, "do nós" em sintonia. E você, meu bem, do que precisas?

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Abismo

A moça, mais conhecida como Vic, entrou naquele aposento sem pouco disfarçar que era uma novata, estava bêbada, chorando e berrando por ajuda. Vic nem pensou que outra pessoa poderia começar para que ela perdesse a timidez, não que ela tivesse alguma. Não deu outra, pronunciou-se sem nem ser solicitada:
"Quero cuspir na cara da sociedade, dos mentirosos que dizem que Deus existe e até na minha, na minha não, nessa que me tornei. Passei 15 anos da minha vida vendo meu pai ameaçar minha mãe e espancar minha irmã, sem nem se quer ter bebido. Levei sorte, apanhei umas 5 vezes só, eu era a queridinha dele. Mas ele não era o meu. Lembro-me quando minha mãe tentou ir num advogado se separar, parecia tudo bem, que ele ia nos deixar. Ela não queria pensar que iria ficar sem dinheiro para nos alimentar e muito menos para pagar um aluguel, daqueles de um quarto apertado na casa de alguém, ou talvez até tenha pensado, mas o desejo de se ver livre daquele monstro era bem maior. Depois do advogado uma leve condição: você pode ir, mas elas ficam. Ela fez uma escolha óbvia para uma mãe, claro. E depois desse dia não foram só ameaças. Se é que me entendem. Mas não durou muito, até ele se achar durão o bastante para enfrentar um assaltante que tinha nas suas mãos uma arma e, sem nenhum remorso, atirou bem no meio do peito dele. Cresci com nojo dos homens, com nojo da condição do ser humano e pensando que só eu tinha problemas, mas daí a gente amadurece e vê que não é bem assim. Minha irmã tinha casado e ido morar fora do país sei lá fazendo o que, tudo para fugir da memória do passado. Mal sabe ela que não funcionaria. Foi quando minha mãe faleceu que perdi o rumo. Não tinha construído nada que pudesse me levantar, sempre tinha sido minha mãe meu foco. Daí comecei a beber, fumar, perder o emprego e dar. Tanto é que agora tem algo chutando dentro de mim. É, estou grávida, não estou com a mínima vontade de viver, mas e esse bebê? Já me disseram que tenho que me acalmar, contar até 10 ou quem sabe até 100, não abortar, superar meu vício e mais um monte de baboseira que não funciona, pelo menos, para alguém que já tenha perdido a fé."
Como era de esperar, o resto da sala ficou em pleno silêncio. Depois de alguns minutos ouve-se algo como: "Pessoal, nos encontramos aqui, no mesmo horário, terça que vem, na nossa próxima sessão."

sábado, 7 de janeiro de 2012

- Como vai o coração?





- Se batendo.

Homens demasiadamente babacas.

 Uma relação em que o homem, não demonstra sentir e sente, diz amar e trai, dá a ela indícios que gosta, mas também um pé na bunda, tenho certeza que em pelo menos uma dessas situações você já esteve e eu também. Que pena. Mas pensando melhor: que bom. Sabe aquela história toda de aprender e amadurecer? Se você não sabe, mesmo depois de tantos caras babacas terem passado a mesma lábia escrota que usou contigo com sua amiga, acredito que ao menos, hoje, reconhece bem um tipo "desses".

  Depois de um tempo, você acaba vendo que quase todos os homens que passaram na sua vida eram assim. Daí você começa a querer se fechar para relacionamentos e, finalmente, cuidar um pouco mais da sua vida e de você. É um bom caminho, sem dúvidas. Mas não vá indo pela onda do Mário Quintana acreditando que "O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você.", pois estará idealizando mesmo assim, e junto com as expectativas vem as decepções. Não esqueça que para bilhões de casais há milhares de homens com mais de uma mulher. E se pensar na famosa frase "O que os olhos não vêem o coração não sente", repense, pois deve estar algo muito errado com o que você sente. 

 Não deixe de amar, só não ame um babaca.