Digo que não ligo de ficar sozinha, já me acostumei, desapeguei e vou indo, para onde a vida me leva, para onde minhas escolhas me empurram. Mas sabe aquele dia em que você acorda, esquece de pensar no dinheiro, no trabalho, no almoço e em arrumar a casa? Naquele dia em que você olha para você e pensa: "Nossa, o que ando fazendo comigo, olha o meu estado. Esse ar de cansaço e de tristeza. Desde quando estou assim?". Sempre achando que pode lidar com tudo sozinho, que já superou tantas coisas e passou a ser forte. Não, não passou a ser forte coisíssima nenhuma. Só virou um covarde, guarda tudo para si, para dentro. Não estou te julgando, afinal, às vezes, é só uma maneira de se proteger. Mas isso acumula, deixa-te amargo. Uma hora dessas você cai na real, começa a chorar e acha que você é um fracote. Mas você não é um fracote, você é um mero ser humano. Como todos, talvez um pouco orgulhoso, talvez um pouco ríspido, mas de carne, osso, cabeça e perdido, tentando achar um modo de se encaixar, no fundo, se encontrar. Ainda sonho em encontrar alguém nessas ruas tão cheias e, ao mesmo tempo, tão vazias. Não ligo em ficar sozinha aqui e ali, mas a vida toda, nananinanão. Se o mundo possui bilhões de pessoas, devemos estar fazendo algo de errado, vivendo cada um em seu casulo.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
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