sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Não vá e volte. Só fique, aqui, bem do meu lado.

  Ele não era um homem malvado, só não soube cuidar de mim. Tentei lhe dizer milhões de vezes que se continuasse tão quieto nosso romance chegaria ao fim. Lembro-me do antes, suas carícias, seus beijos, seus sorriso e nada de amantes. Buscava-me no trabalho, ia comigo para casa, mas quando o assunto era amor parecia um paspalho. No começo, não achei que eu quem fosse me apaixonar, mas de indas e vindas, estou por cá. Senti medo de ser rejeitada e sem dizer nada, fui embora para Beira Mar. Já passava mais de seis meses, já havia devorado caixas de chocolate, roído minhas unhas, ido nas missas de domingo e prometido que amar de novo, jamais. Quando Don Juan tocou o interfone, dizendo que me procurava há dias e que se arrependia por tudo que me fez passar. Não acreditei, desmaiei, mas acordei no seu colo ouvindo "Minha querida, não se assuste. Vou cuidar de você, te amo realmente, nunca mais quero te largar. Esse amor é imprudente, mas não pretendo recuar."

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