O amor é uma doença. O amor é uma doença. O amor é uma doença. O amor é uma doença. O amor é uma doença. Ora essa, como ousar falar algo tão maléfico? Tal é o que trás motivações para nos tornarmos melhores, seja para sermos menos egoístas e mais bondosos, ou seja, para nos perdermos quando a dose de seguir uma linha reta, o tempo todo, nos cansa. É quando perdemos as estribeiras e ao invés de concentrar-nos no serviço passamos um tempo no mundo inteligível pensando nele(a) e no “nós” que é idealizado toda vez que fechamos os olhos.
Em todas relações entramos sabendo que podemos levar tombos e derrubar também, idealizamos e idealizamos, o difícil é achar alguém que nos cabe por inteiro, o difícil é caber todo o momento. Se isso é possível, ainda, não descobri, mas sei que deveríamos parar de culpar um ao outro por não proporcionar tal sentimento a todo instante, a toda hora, a todo segundo, todos os anos, todo tempo. Isso se encontra fora das nossas mãos. O mania é essa de quereremos comandar tudo! Talvez, deveríamos deixar mais a natureza tomar conta. Mas você não nota que andamos, todo o segundo, querendo contrariá-la? Ao mesmo tempo acho impossível ir sem pensar, se fomos programados para isso e aquilo. Calma, isso está fugindo-me e engolindo-me. Essa apuração por querer encontrar o meu mergulho de alegria está fora do meu controle.
Tudo isso soa ridículo, mas nem sei, realmente, o que é ridículo e tem mais... Vivo deparando-me com pessoas que possam ser mais do que tudo que já conheci, mas nunca acho que são. Alguns decepcionam demais, outros parecem perfeitos demais para nós acharmos que estamos sendo enganadas ou que não sentimos tanto. Alguns? Não, não quero falar em números, só quero por de um jeito que quando eu releia entenda o que não entendo.
Não, não é culpa de ninguém, só não foi daquela vez. A ideia é a metade da laranja, mas todos os dias a vida vem querendo dar-nos um tapa na cara para dizer que no fundo somos sozinhos. E lá no final do dia, eu, você, eles, nós, sabemos que isso é verdade. Mas lutamos e lutamos contra o que nós venhamos trazendo desde muito tempo.
Só quero alguém para não passar esses dias bons e ruins sozinha e para não deixa-lo também.
As palavras tomaram-me que até esqueci de dizer porque o amor é uma doença. Os sintomas são pensamentos e conversas, repetidamente, relacionadas a mesma pessoa; insônia; insegurança; dificuldade para tomar decisões; dependência; cegueira. Tal desenvolve-se no coração, fazendo picadinho da mente. Há risco de morte quando o indivíduo chega num estágio de delírio supremo.
Como usar “Acho” é considerado um pecado para os corretores de redações, digo que o amor é devastador quando termina, é a única doença que proporciona-nos simpatia e a única que não gostaríamos que tivesse cura, isto é, se formos correspondidos. Cresça dentro de mim, de nós e não se espatife por aí.
Que aquele(a) que magoou-nos fique só como lembranças e carinho, e que algum outro apareça para manter-se no foco pela nossa vida inteira em qualquer um dos caminhos.